Nos últimos dias, notícias sobre Luxemburgo, Ronaldinho
Gaúcho e Flamengo, foram presença marcante nos programas e noticiários
esportivos. Uma verdadeira disputa de autoridade foi travada entre o treinador
e o craque do Flamengo.
Nesse verdadeiro duelo de titãs, podemos constatar a
veracidade de uma lei que desde cedo nos foi apresentada em nossa vida
acadêmica, dois pólos iguais se REPELEM. A disputa era intensa, e estava claro
que alguém (ou ambos) ia sobrar. Era nítido que o ambiente na Gávea, era
“pequeno” para os dois.
O craque, que já não é o mesmo dentro das quatro linhas, e
há tempos não joga o que se espera de um jogador renomado internacionalmente,
sendo por duas vezes eleito o melhor do mundo, continuou com o seu histórico de
polêmicas fora do campo. Baladas, noites de “insônia” marcaram o início da
temporada 2012 para o Gaúcho. Tudo indo muito bem, até que a rotina noturna do
jogador passou a influenciar nos treinamentos, e como o desempenho em campo já
não nos enche mais os olhos, isso veio a bater de frente com autoridade de
Vanderlei que sempre foi visto como um treinador que preza pela disciplina. A
partir de então uma série de fatores, contribuíram para o desgaste da relação:
salários atrasados, o que trouxe para a disputa a polêmica figura de Assis,
empresário e irmão do jogador, atuações abaixo da média, problemas na
concentração em Londrina (Ronaldinho é acusado de dormir com mulher, enquanto
deveria estar concentrado para os treinamentos de pré-temporada). Luxemburgo como
treinador disciplinar, dito anteriormente, pediu o imediato afastamento do
jogador, que voltaria ao Rio de Janeiro.
Começava ai, a seqüência de erros da diretoria do Flamengo, que foi
chamada de amadora, por muitos. Contrariando a autoridade de quem ela mesma
escolheu para comandar o time, o treinador, a diretoria resolve colocar tudo
debaixo do tapete, e apenas aplica uma multa ao jogador. A relação estava
abalada, isso estava bem claro. A diretoria por muitas vezes tentou apaziguar a
situação, como na viagem a Potosí, em que os dois posaram para uma foto juntos,
mas o sorriso amarelo do treinador deixou transparecer que nada ia bem.
Patrícia Amorim, presidente do clube, mostrou-se muitas
vezes estar perdida diante do caso. Por vezes, chegou a garantir a permanência
do treinador no cargo. O Flamengo, clube de maior torcida do país, e de muita
história, um dos maiores do Brasil, sempre foi o maior prejudicado com toda
essa confusão, todo esse atrito.
Outro fato que vale destacar, é que a relação Luxemburgo –
Flamengo já havia passado por dificuldades, quando o vice-presidente de
finanças do clube, Michel Levy, passou a tratar de alguns nomes para reforçar o
rubro-negro (entre eles Marcos Gonzáles, zagueiro vindo da LDU), sem o aval do
treinador.
A relação estava estremecida e, como dito anteriormente, a
Gávea já não tinha espaço para os dois “pólos”
A diretoria optou então pela demissão do técnico. A decisão
parecia óbvia, diante de todo o esforço e badalação em torno da contratação do
craque R10. O jogador é o principal nome do rubro-negro para a temporada, ainda
se tem muita esperança que ele volte a brilhar dentro de campo, e que seu
comportamento fora dele deixe de ser protagonista e volte a ser coadjuvante em
sua vida.
Luxemburgo, treinador vencedor no futebol brasileiro, mas
que também já não vive seus melhores dias no futebol (ultimamente tem deixado
um rastro de polêmicas onde passa), acabou derrotado nessa “queda de braço”. O
treinador, mostrando uma certa decepção com o acontecido, em coletiva à
imprensa caracterizou o processo como um dos mais feios de sua vida
profissional. Agora espera por novas propostas de trabalho, enquanto o Flamengo
começa à disputa da Libertadores, competição mais importante para o clube na
temporada, na próxima quarta-feira. Joel é o novo treinador.
É amigos .. É a lei da física!
Postagem: Jair Júnior.
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