quinta-feira, 29 de março de 2012

O respeito a um ídolo


             Craque, veloz, polêmico, goleador, habilidoso, ídolo. Animal. Adjetivos não faltam para descrever Edmundo Alves de Souza Neto. Em 16 anos de carreira, o hoje ex-jogador marcou seu nome na história do futebol brasileiro. Faltava apenas uma festa de despedida. Agora não falta mais. Na noite desta quarta-feira 28 de março de 2012, o Vasco abriu as portas de São Januário para receber seu filho ilustre pela última vez. E deu a seus torcedores a honra de ver novamente o Animal vestindo a camisa 10. Diante do Barcelona de Guayaquil, do Equador, na reedição da final da Libertadores de 1998, Edmundo deu show na goleada por 9 a 1. Aos 40 anos, voltou no tempo para participar da decisão em que não esteve presente. Como não poderia deixar de ser, ele foi o grande astro da festa com dois belos gols e belas jogadas no palco em que pode chamar de seu. Diante de mais de 21 mil pessoas, público maior do que qualquer das partidas do Vasco em casa na atual Libertadores, ele chorou, se emocionou, correu, lutou, marcou e balançou a rede duas vezes. Isso tudo com 40 anos e sem jogar profissionalmente deste há mais de três. A entrega foi tamanha que os torcedores pediram até o seu retorno com gritos de “Volta, Edmundo!” e “Fica, Edmundo!”. E os mesmos foram à loucura quando o craque marcou o terceiro gol, o seu segundo no jogo, e comemorou da mesma maneira que na fase semifinal do Campeonato Brasileiro de 1997, quando o Vasco eliminou o Flamengo. Dois gols, bela festa, casa lotada, goleada… Muito mais do que o Animal poderia esperar. O fim veio aos 40 minutos do segundo tempo, quando altamente emocionado o jogador passou a braçadeira para Felipe, recebeu a bola do jogo e foi substituído por Wiliam Barbio, saudando a torcida ele deu finalmente a sua última volta olímpica em São Januário, agradecendo a todos os momentos vividos, e o apoio que sempre recebeu das arquibancadas cruzmaltinas.O reconhecimento de toda torcida ontem foi o principal mérito para a carreira de Edmundo, o sentimento de dever cumprido para ele talvez seja a maior satisfação e embora tenha cometido tantos erros na sua vida, muitos tem que entender que ele também é um ser humano,  faz diariamente decisões, as vezes certas outras totalmente erradas, mas é assim mesmo. O importante foi que após tantos problemas isso não arranhou a imagem de um grande jogador de futebol, e a sua carreira exige respeito.

Postagem: Jackson Cruz

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