segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

E segue a polêmica em torno dos estaduais...


Entra ano, sai ano, e já nos acostumamos a acompanhar debates em torno das competições estaduais que movimentam o Brasil no início da temporada. Pouco tempo de preparação para os clubes grandes, lesões, demissões, são esses os assuntos que movem as discussões.
A competição estadual em si, não deixa de ser um atrativo para esse começo de ano. Os clássicos, em meio a tanta rivalidade, começam a agitar o meio esportivo para o restante da temporada, o que consequentemente contribui para a renda dos clubes, é um retorno garantido. É uma oportunidade, dos times das séries “A” e “B” do país começarem a pegar o ritmo de jogo, diante de tão pouco tempo de treinamento, tendo em vista que retornam a uma competição oficial semanas após o começo dos treinos. Outro ponto positivo dos estaduais é o fato da oportunidade dada aos clubes pequenos, benefício indiscutível. Dentro de campo, enfrentar os times de maior estrutura, mesmo sem a preparação devida, é um excelente teste para os demais campeonatos que enfrentarão no ano. Fora de campo, a renda com o público nas arquibancadas, é algo a destacar. Por exemplo, para um time de menor expressão, receber um clube como o Flamengo, de grande torcida em todo país, pode gerar uma renda que será de fundamental importância para o decorrer da temporada.
Até ai, tudo muito bem. Mas como entender tantas crises geradas em meio aos estaduais?
Primeiro é importante ressaltar que a competição propriamente dita, mesmo deixando a desejar, não é a grande responsável por isso. A postura de diretorias e torcidas, sim. Plantel em formação, pouco tempo de preparação, essa é a realidade de início de temporada. Situação que geralmente vem acompanhada com demissão de técnicos, vaias da torcida. Postura equivocada, já que estadual NÃO É PARÂMETRO para o restante do ano. Muitas vezes, mudanças radicais no início do ano, podem surtir efeito e gerar resultados. Mas a sequência no trabalho, deveria ser priorizada. Muitas vezes um bom profissional assume o comando do clube e acaba sendo responsabilizado por erros de outros setores da equipe. Recebe um elenco “aos pedaços”, começa seu trabalho e simplesmente não tem tempo de dar sua cara ao time, de fazer os ajustes necessários.  O treinador no Brasil sempre sente essa pressão, é punido pela falta de resultados, e em se tratando de futebol brasileiro, pelos erros (que são muitos) dos dirigentes dos clubes.
E mais uma vez insisto, a competição estadual em si não é problemática. O calendário exaustivo para os clubes maiores e, sobretudo, a postura adotada por diretoria e torcida, sim. E, se não houver uma mudança nessa postura, continuaremos vendo no estadual um grande instaurador de crises.


Postagem: Jair Júnior.

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